sábado, 31 de agosto de 2013

DESMASCARAR É PRECISO.


O voto secreto é a máscara que encoraja a manutenção do mandato de um deputado criminoso.
O lenço na cara é a máscara que esconde o assaltante de diligências no velho oeste.
A camisa na cara é a máscara usada por traficantes, terroristas e black blocs.

Entre todos os que praticam o erro, só uma coisa é sempre certa: a máscara.

(foto buscada no Google, autoria desconhecida)

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

HANNAH ARENDT, HITLER E OS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO.


A história mostra a emoção como incapacitante da razão, expõe a inflexibilidade dos prejulgamentos, a quase impossível compreensão de argumentos quando se está acometido de cegueira e surdez, por idolatria, paixão, ódio ou fanatismos em geral.
Filme fundamental em nossos tempos intolerantes. Provoca reflexão sobre forma, conteúdo e contexto, e sobre a necessidade de extrema cautela na exposição de raciocínios não maniqueístas diante de plateias predispostas a refutar qualquer coisa que esbarre em suas verdades absolutas.
Assisti ao filme na última sexta-feira, depois de testemunhar uma longa série de discussões descalibradas sobre política, religião e manifestações de rua.
Chega o sábado e leio no Globo matéria sobre as fotos de Hitler, feitas por Heinrich Hoffman, enquanto o futuro ditador ensaiava os discursos e gestos com que eliminaria o senso crítico de multidões e arrancaria com tudo em sua trajetória insana. Por mais propícias que fôssem as condições históricas, sociais e econômicas para a ascensão de um "salvador da pátria", não me canso de ficar impressionado com a patetice da figura, a teatralidade canastrona, o ridículo absoluto que a maioria do povo alemão conseguiu desenxergar. Tudo tão ensaiado, repleto de clichês e truques básicos de enquadramento, tudo obviamente desumano, imoral, inaceitável, caminhando para a tragédia.
A história está cheia de acidentes de comunicação. Melhor relembrá-los e preveni-los agora do que lamentá-los depois. Num momento em que os diálogos se transformam em colisão de monólogos, e em que os ignorantes on e off-line se acham no direito de falar mais alto que todo mundo, vale redobrar os filtros do que se ouve e prestar especial atenção naqueles que, mesmo timidamente, se atrevem a discordar.
(fotos extraídas da internet. Autores desconhecidos)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

DIVAGAR, E SEMPRE.

O que mais escrevo neste blog são divagações. Escrevo sobre o ato de escrever, sem plano de voo. Simplesmente teclo sobre o que me vem à cabeça, o mais próximo possível do que seria um bate-papo informal. Acredito que as melhores ideias nascem desse estado mental falsamente descompromissado em que nossas preocupações e encomendas criativas se escondem atrás de bobagens, risos e pés descalços, de preferência apoiados na mesa. Outro dia, conversando com meu irmão mais novo, pensamos no sucesso que faria uma linha de papel higiênico estampada com a foto de políticos. Imagine limpar a bunda com a cara do....... e da....... (complete a lacuna com seu corrupto / incompetente preferido), e ter o prazer de ver aquela figura envolvida pela matéria que melhor a define. Higiene e protesto num único ato de redenção e catarse, apenas um exemplo das muitas loucuras que podem surgir enquanto divagamos. Ideias às vezes implementáveis, às vezes só recreativas. Mas como é gostoso tê-las e poder compartilhá-las. 
Divagar é necessário e urgente num mundo em que mais se reclama do que se pensa em soluções. E por falar em reclamação, desculpe se a política tem tomado mais espaço em meus textos do que eu gostaria. Não é assunto que me agrade, mas... você sabe... tá fedendo além da conta.

(A foto desta postagem foi buscada no Google. Seu autor não é mencionado)