segunda-feira, 1 de julho de 2013

SER PAI ESTÁ NOS DETALHES.


Quando Fred marcou o primeiro gol brasileiro contra a Espanha e as celebrações se concentravam na linha de frente, David Luiz abraçava Júlio César, como se o gol tivesse nascido de uma tabelinha entre eles. Sentimento de família, coisa que só se consegue quando um pai-Felipão está no comando.
Quando a seleção canarinho festeja a conquista do campeonato, junto com os craques, algumas crianças vibram. Uma delas, vestindo camisa 9, ergue os braços como se tivesse jogado. Está bem na frente de seu pai, Júlio César.
Nos dois romances que escrevi, é evidente a presença do pai, pro bem e pro mal. Conselheiro e devotado no caso de José Espínola, sombrio e culpado no caso de Douglas. Não por acaso.
Paternidade é um assunto prioritário em minha vida, inspirado pelos filhos e pelo pai maravilhoso que Deus me deu.
Certamente é isso que me faz focar em Júlio César, em vez de Neymar e Fred. Essa identificação com quem segura os ataques do adversário, protege, dá tranquilidade pra que o grupo avance.
Quando eu era pequeno, meu pai jogava futebol comigo. Mais tarde, eu joguei com minha filha e meu filho. Hoje, ir ao estádio com aquele garoto, que virou um rapagão, continua a me emocionar. Cantar o hino nacional até o fim, enchendo o peito de orgulho junto com ele, então, nem se fala.
Em meio a tantos temas graves debatidos nas ruas, parece pieguice boba. Pra mim, é um grande detalhe.


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