sábado, 15 de junho de 2013

Uma vaia pra acordar o Brasil.


Joseph Blatter tentou consertar, só piorou. Pediu respeito e fairplay. Ao público ou ao governo?
Vaias são constrangedoras e desrespeitosas, sim. Pegam mal para a presidente, para o país, para todos nós. Mas não se comparam com o grau de constrangimento e desrespeito que temos sofrido dia após dia, vítimas historicamente cordatas e silenciosas, finalmente indignadas com o desperdício absurdo de todas as oportunidades que os grandes eventos, o pré-sal, o cenário econômico mundial e todos os bons ventos possíveis colocaram em nossas mãos. Vítimas de serviços públicos cada vez maiores no custo e menores no benefício. Vítimas de estatais que consagram a incompetência, o cabide de emprego e a ganância, de decisões políticas inconsequentes, da corrosão moral, ética, patrimonial, dos mais variados  tipos, conduzida com a cara mais deslavada por nossos governantes. Corrosão tripudiante, gritante, aguda. Tão aguda quanto as vaias que ecoaram na abertura da Copa das Confederações, para que o mundo inteiro ouvisse, e compreendesse que o Brasil está longe de ser essa maravilha que se diz por aí. Tão gritante quanto os protestos deflagrados pelos 20 centavos que faltavam pra esgotar nossa paciência. Ano que vem tem Copa, e tem eleição. Que o som saído das urnas seja ensurdecedor.

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