segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A nova cara da música mundial


Parece ter mais do que seus apenas 23 anos. Soa como se tivesse muito mais que isso, de tão madura.
Adele arrasou ontem no Grammy, sem perder a timidez de iniciante. Não só ela, a festa como um todo foi um arraso. Desde Bruno Mars deixando claro que Elvis não morreu (nem Michael Jackson tampouco), até Sir Paul McCartney, anunciado com gaitinha e tudo por Stevie Wonder, e se apresentando tão despojadamente como só os gênios podem ser, numa Valentine com orquestra, Diana Krall ao piano e Joe Walsh ao violão. Ele, a lenda, multi-instrumentista, multi-talentoso, na singela posição crooner. Demais!
Uma festa de eclipsar Oscar. Onde o country mostrou que pode ser angelical quando entra em cena com Taylor Swift, e o rock dos Foo Fighters gritou seu protesto, fazendo apologia da imperfeição humana como detentora da emoção, em contraposição à assepsia tecnológica sonora que faz tudo ficar com jeito de centro cirúrgico.
É certo que o fato do evento coincidir com o dia em que Whitney Houston nos deixou, tornou a celebração mais profunda e comovente. Mas deu pra perceber que algo está mudando, finalmente para melhor. Que estamos resgatando valores (Tom Jobim também marcou presença) e questionando o superficial, inclusive debatendo a relativa pobreza da reprodução digital quando comparada à qualidade do vinil. Idas e vindas até encontrar o ponto.
E enquanto as coisas vão buscando seu devido lugar, seguimos "rolling in the deep" com a nova musa e, de alguma forma, "learning to walk again", como cantam os bravos fighters.

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