sábado, 8 de outubro de 2011

A Vendedora de Fósforos ilumina e aquece

O novo livro de Adriana Lunardi fala de família. Uma família que se muda com frequência e tem hábitos pitorescos como o que dar nomes muito particulares a pessoas e coisas, a ponto de exercitar essa capacidade em singelos rituais onde, por exemplo, um menino é aclamado por batizar um penico de Duchampipi.
Extremamente sensível, destaca a forte relação entre a narradora e sua irmã, e nos surpreende com poesia nas situações mais cotidianas. Altas doses de sensibilidade aspergidas sobre personagens que vivem num ambiente que estimula a imaginação, ideal para o nascimento de centelhas criativas.
Só pra dar uma palhinha, tem um diálogo na página 50 (durante uma das mudanças residenciais da família) que nos leva a concluir que "tudo na vida é provisório, exceto a infância". Certeiro, né?

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